Um dia será inevitável não te amar! • Jornada Literária | Editora Clube das Raposinhas
Curiosa, peguei o livro e me sentei em um banco próximo à janela. À medida que folheava suas páginas, descobri que ali estavam registrados os nomes de almas gêmeas, aquelas que haviam caído do paraíso e vagavam pela Terra em busca uma da outra. O amor, como aprendi, não é óbvio; ele se esconde nas entrelinhas da vida, esperando ser descoberto.
Enquanto eu lia sobre essas almas destinadas a se encontrar, sonhava com o primeiro e último beijo com alguém que ainda não conhecia. A química que existiria entre nós, os momentos compartilhados e as palavras não ditas. Vivia na hipótese do amor, imaginando como seria quando finalmente nos encontrássemos.
À noite, antes de dormir, fechava os olhos e visualizava esse encontro. Ele aconteceria em um café aconchegante, com o aroma do café pairando no ar. Eu o reconheceria pelos olhos, pela maneira como seguraria o livro com cuidado, como se guardasse segredos próprios. E, quando nossos lábios tocassem, seria como se o tempo parasse.
Mas, por enquanto, continuava minha busca. A cada pessoa que cruzava meu caminho, eu me perguntava: “Será você?”. E, mesmo que não fosse, eu sabia que o amor estava lá fora, esperando por mim. Como as almas gêmeas nos registros do livro, eu também estava destinada a encontrar alguém que me completasse.
E assim, naquela biblioteca, com o livro dos nomes perdidos em mãos, prometi a mim mesma que não desistiria. O amor poderia não ser óbvio, mas eu estava disposta a procurar até encontrá-lo. E, quem sabe, talvez um dia, a química entre nós se tornasse realidade, e eu vivesse o amor que sempre sonhei.
Por enquanto, Feliz dia dos Namorados, amor desconhecido.
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