Jornada literária • Sua vida me pertence (capítulo 05) | Blond Fox
✨ Sua vida me pertence ✨
Capítulo 5 - Nossas vidas
José, tímido e com lágrimas nos olhos, aproximou-se da bela moça. Naquele momento, para ele, só existia Maria. “Nossas vidas nos pertencem”, pensou, enquanto um único olhar entre eles eternizava aquela explosão de sentimentos.
Os deuses lusitanos pronunciaram seus nomes aos céus e uma linda história de amor foi escrita nas estrelas. A conexão especial entre eles era tão forte, que parecia ser continuação de histórias de vidas passadas. Eles estavam sempre juntos, renovando sua história de amor, repleta de palavras doces e gestos carinhosos. A cada dia, esse amor se tornava mais forte e se desdobrava nas estrelas, enquanto os deuses observavam, impressionados com a conexão de seus corações. As vidas de José e Maria eram entrelaçadas por palavras que ecoavam no ritmo de seus corações, encontrando conforto e apoio mútuo. Sabiam que o amor que o era mútuo e compreendido profundamente. Dessa forma, suas vidas estavam ligadas de forma indelével.
Maria, a jovem de anseios encantadores, abraçou seus sonhos interiores com a mesma intensidade que abraçou José, o jovem acanhado. A beleza de seu caráter exemplar a cativou profundamente. José, por sua vez, presenteou sua amada com sabedoria, compartilhando os ensinamentos de grandes profetas e os versos dos poetas excepcionais do século. Suas palavras, escritas com penas douradas em folhas brancas, contavam histórias do mundo.
Os livros que Maria adorava já estavam desgastados, com páginas marcadas por dobras. Ela se deliciava com as aventuras de piratas, como o Capitão Hector Barbossa e sua tripulação do Pérola Negra, que ousam roubar o amaldiçoado Ouro Asteca. As histórias também descreviam as conquistas dos colonizadores portugueses, santuários e relíquias, além de mapas oceânicos e tesouros de renomados piratas como John Rackham (Calico Jack) e Edward Teach (Blackbeard). As galáxias e corpos celestes, representados em gravuras, ajudavam as tripulações a navegar pelos vastos oceanos sem se perderem.
Maria compartilhava suas partes favoritas dessas narrativas com José, envolvendo-o em mistério e fascínio. E assim, entre histórias e sonhos, os dois encontraram um mundo encantado dentro de si mesmos.
Maria sempre tinha histórias fascinantes para compartilhar sobre seu cotidiano e José adorava ouvi-la. O brilho em seus olhos, enquanto narrava suas aventuras, cativava José profundamente. Ele se iluminava ao ouvi-la.
José desejava que Maria pudesse explorar o mundo, mesmo sem sair de casa. Assim, ele presenteou sua esposa com uma biblioteca de sonhos, em que ela podia viajar a lugares distantes, por meio das páginas dos livros. Maria passava horas imersas nessas histórias. E, assim, José se encantava com a alegria e curiosidade que ela demonstrava ao explorar mundos inimagináveis.
A biblioteca ganhava vida nas paredes e formava grandes quadros que pareciam iluminar o antigo casarão. Maria se sentia como uma exploradora dos sete mares e vivia grandes aventuras ao ler essas histórias. A emoção das narrativas se desdobrava e tornava parte de sua vida. O ambiente era mágico, com pinturas que retratavam campos de alfazemas ou lavandas e pequenas estrelas de flores silvestres em tons de lilás. As grandes árvores nas obras literárias davam vida ao seu mundo real.
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