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O Riacho e a Pedra • Jornada literária | Blond Fox

✨️ O Riacho e a Pedra ✨️




Numa região árida do sertão, havia um riacho chamado Clarão. Clarão corria entre as pedras, cantando sua melodia suave. Ele era jovem e impetuoso, sempre ansioso para seguir em frente e encontrar o mar.

Um dia, Clarão encontrou uma pedra imensa no meio de seu caminho. A pedra era antiga e robusta, com marcas de tempos remotos. Ela estava ali há séculos, resistindo às intempéries e ao fluxo constante do riacho.

Clarão, impaciente, disse à pedra: “Por que você não sai do meu caminho? Quero seguir adiante, encontrar o mar e me tornar um rio poderoso!”

A pedra sorriu com calma. “Jovem Clarão, não sou obstáculo, mas parte do seu trajeto. Eu também já fui um riacho, como você. Corri com ímpeto, mas o tempo me ensinou a ser paciente.”

Clarão não entendia. “Mas por que você não se move? Por que não busca o mar?”

A pedra explicou: “O mar é grandioso, mas também impiedoso. Ele engole tudo o que encontra. Eu prefiro ficar aqui, onde posso ser útil. As aves repousam em minhas costas, as plantas se agarram às minhas fendas, e os viajantes encontram sombra sob minha proteção.”

Clarão olhou para a pedra com desdém. “Você é fraca! Eu vou seguir em frente e conquistar o mar!”

E assim, Clarão continuou seu curso, ignorando a pedra. Ele correu com força, saltando sobre pequenas pedras e desviando de obstáculos. Mas o riacho não percebeu que, a cada volta, a pedra estava lá, firme e serena.

Os anos passaram, e Clarão se tornou um rio largo e caudaloso. Ele finalmente alcançou o mar, mas sua pressa o deixou vazio e raso. Ele não tinha a profundidade da pedra, nem a sabedoria acumulada pelos séculos.

Certo dia, já idoso, Clarão voltou à região onde começará sua jornada. Lá estava a pedra, inabalável como sempre. Ele se aproximou e disse: “Pedra, agora entendo. Você é a sabedoria do sertão, a paciência que eu nunca tive.”

A pedra sorriu. “Clarão, todos temos nosso papel. Você trouxe vida e movimento, e eu ofereci abrigo e estabilidade. Juntos, formamos a história deste lugar.”

E assim, o riacho e a pedra aprenderam que a força não está apenas na velocidade, mas na resistência e na capacidade de se adaptar. E dizem que, até hoje, quando a chuva cai e o riacho corre, a pedra sorri, lembrando que a jornada é tão importante quanto o destino.

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Beijos da raposa 💋

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